Doenças infecciosas e agudas, como gripe, tonsilite, bronquite… os -ites da vida, são frequentemente mal interpretadas quanto ao seu tratamento pela homeopatia. Contrariamente ao que muitos acreditam, infecções comuns como gripe e resfriado não são difíceis de tratar pela sua severidade – que é baixa – mas porque são brandas, fazendo com que o organismo não manifeste sintomas significativos que possam guiar o terapeuta a um remédio único.
No entanto, inflamações de tecidos mucosos e partes do sistema de defesa do organismo, como as tonsilas, amígdalas, apêndice, trato urogenital e intestino, geralmente vêm acompanhadas de sintomas primários e secundários marcantes. Isso permite que o terapeuta obtenha uma imagem clara da doença e prescreva um remédio único que ressoe com a vibração do sistema de defesa, sugerindo-o para o tratamento e, consequentemente, superando a doença.
Em casos de inflamações (-ites), as crianças tendem a ser mais beneficiadas devido a seus organismos mais fortes e ágeis. Assim como em qualquer condição tratada pela homeopatia, quanto mais fortes, severos, estranhos e claros são os sintomas, mais provável e rápida é a resposta ao tratamento. Aqui, é importante esclarecer um equívoco comum sobre a homeopatia: muitos pensam que o tratamento é lento e suave, sem reações adversas.
No entanto, a homeopatia, quando aplicada corretamente, pode responder muito mais rapidamente do que a medicina convencional, às vezes quase instantaneamente. Por exemplo, já vi um caso de um bebê com menos de um ano de idade com febre súbita de 39,6°C; após receber o remédio homeopático adequado, em menos de 20 minutos, sua temperatura voltou ao normal de 36,5°C – algo que nem sempre é alcançável com antitérmicos alopáticos.
O tratamento torna-se suave para o organismo medicado, mas dores, erupções e agravações podem ocorrer como uma reação correta do corpo, demonstrando sua força e capacidade de autocura, o que não tem nada de suave. Isso não é dito para assustar, mas para informar os clientes sobre a realidade do processo de cura.
Quanto a reações adversas, é um erro pensar que remédios homeopáticos podem ser tomados indiscriminadamente sem consequências. Embora, em geral, isso seja verdade, o remédio “similar” (não “similimum”, que seria o ideal) pode provocar reações esperadas pelo mecanismo de defesa. Sim, reações podem ocorrer. Uma medicação cuja vibração esteja próxima à do organismo receptor naquele momento pode causar sintomas, alterá-los, suprimi-los ou criar confusão no sistema de defesa. Nesse caso, os sintomas ou consequências são previstos pelo organismo ou dentro da sua capacidade de resposta. Ou seja, se o organismo não poderia naturalmente realizar determinada ação, nenhum remédio homeopático poderá induzi-lo a isso.