Na verdade, muitos dos problemas que causam dores esquelético-musculares, tornados crônicos, devem-se à falta de mobilidade e/ou desequilíbrios musculares, frequentemente como consequência de maus hábitos diários. Em muitos casos, esses problemas tornam-se tão dolorosos e severos que o paciente acredita ser a cirurgia a única solução. Não estou afirmando que nenhum desses casos requer cirurgia, mas acredito ser valioso explorar a possibilidade de melhora sem um tratamento invasivo. Principalmente porque, mesmo após a cirurgia, embora a situação aguda de dor possa ser aliviada – e às vezes nem isso ocorre -, raramente a causa subjacente do problema que levou à cirurgia é resolvida.
Uma análise e um tratamento personalizados podem resultar em uma melhora significativa, além de atuarem na prevenção de futuros problemas. Tais abordagens não apresentam os riscos associados a tratamentos invasivos, nos quais se cortam, retiram, unem ou modificam estruturas físicas do corpo. (Em caso de um trauma físico, a situação é geralmente clara, e a cirurgia pode ser a melhor opção!).
Contudo, para resolver um problema crônico do esqueleto, é essencial remover sua causa. Raramente é benéfico apenas remover ou ajustar a consequência ou o sintoma secundário; no entanto, essa abordagem é frequentemente aceita na sociedade e/ou pode parecer conveniente para o paciente inicialmente. Pergunte-se: quantas pessoas você conhece que obtiveram uma melhora significativa e duradoura após uma cirurgia, sem enfrentar sequelas do procedimento invasivo?
